domingo, 21 de março de 2010

As coisas

Oi, gente linda...

Muita correria, muita atividade, pouco tempo para vir aqui. Bom saber que estão acessando, lendo e gostando. Mas ainda espero que postem comentários... ahan!?

Sabem o Arnaldo Antunes? É, aquele mesmo... ex-titãs... ex-tribalista (ou não)... Pois é... ele também é escritor de livro. Seu terceiro livro, “As coisas”, publicado em 1992 e relançado várias vezes, foi escrito especialmente para sua filha Rosa que, aliás, participa do livro com algumas ilustrações. No entanto, embora a princípio possa parecer um livro infantil, ele é mais que isso. Misturando prosa e poesia e utilizando-se de uma linguagem realmente infantil, Arnaldo faz descrições e comparações que vão além do mundo infantil, surpreendendo-nos pela obviedade não percebida e levando-nos à reflexão. A seguir, um dos textos do livro...


quinta-feira, 11 de março de 2010

"Meu caro amigo"... sempre atual!!!

Oi, pessoas lindas,
Ontem à noite, durante aula numa turma de EJA (Educação de Jovens e Adultos), estávamos discutindo a importância histórica dos Movimentos Sociais e, principalmente, a importância da organização dos trabalhadores, quando ouvi um dos alunos (trabalhador), dizer a uma colega o quanto estava ansioso para que a aula acabasse porque era dia de futebol na Globo.
Imediatamente, me veio à mente a música "Meu caro amigo", uma carta musicada feita pelo Chico Buarque, com a parceria de Francis Hime, em 1976, e dirigida ao amigo Augusto Boal, que vivia no exílio, quando o Brasil ainda vivia sob a ditadura militar. Certamente, a música permanece atual, pois "a coisa aqui tá preta", enquanto... "aqui na terra estão jogando futebol, tem muito samba, muito choro e rock'n roll". Aliás, a coisa piorou, pois já não tem muito choro, mas funk, arrocha...
Para quem não conhece ou não se recorda, eis a letra completa...
Um cheiro...




Meu caro amigo
Chico Buarque/Francis Hime




Meu caro amigo, me perdoe por favor
Se eu não lhe faço uma visita

Mas como agora apareceu um portador

Mando notícias nessa fita
Aqui na terra 'tão' jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros
dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação

Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando que, também, sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu não pretendo provocar

Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades
Aqui na terra 'tão' jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll

Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro

E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graç
a
Eu ando aflito pra fazer você ficar

A par de tudo que se passa
Aqui na terra 'tão' jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n’roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe
dizer que a coisa aqui tá preta
Muita careta pra engolir a transação
E a gente tá engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse ro
jão

Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever

Mas o correio andou arisco
Se me permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco
Aqui na terra ’tão' jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros
dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal
Adeus


sexta-feira, 5 de março de 2010

Compreensão



Compreensão: passe adiante essa ideia...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Cultura, para que te quero?

Olá, pessoas lindas... hoje, abro espaço para quem realmente entende!!! Um cheiro...

Cultura, para que te quero?

Antonio Maciel*


Essa é uma pergunta que deve pairar na mente de muitos políticos. Poucos compreendem a dimensão, ou melhor, as dimensões da cultura e seu lugar no campo de desenvolvimento social e econômico da cidade. Muitos não conseguem pensar cultura como caminho de transformação. Não conseguem entender que o cidadão ao ampliar a leitura de mundo, poderá valorizar melhor suas idéias e realizações e até contribuir efetivamente com o município, não sabem que direitos culturais são parte dos direitos humanos (artigo 27 da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), e nos artigos 13 e 15 do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966), com direitos civis, econômicos, políticos e sociais. Ou será que sabem e não estão nem aí para o que pensam? Acho mesmo pouco provável que muitos consigam dizer o que é cultura a partir da ótica hoje discutida. Talvez, debrucem o olhar exclusivamente para as expressões artísticas consagradas. Elas são importantes e devem existir políticas voltadas para elas. Entretanto, devemos pensar além de sua manifestação, enxergar como podemos através delas levar a mudança no pensar e fazer das comunidades. Concordo quando diz Bernardo Machado: ” os direitos culturais são os menos conhecidos e praticados e por isso chamados de “primos pobres” dos direitos humanos”.
Existe um documento denominado “Recomendação sobre o Status do Artista (1980)” que convoca os governos dos Estados- membros da ONU a “ajudar a criar e sustentar não apenas um clima de encorajamento à liberdade de expressão artística, mas também as condições materiais que facilitem o aparecimento de talentos criativos.”
É preciso que os políticos pensem sobre políticas públicas incluindo as políticas culturais. Precisamos compreender que a cultura pode contribuir para o sucesso da política de saúde, de educação (sem que necessariamente ocupe a mesma pasta administrativa), política econômica, social, e tantas outras. É preciso pensar e desenvolver políticas para a inclusão social através da cidadania cultural. Criar meios para a participação e produção.
Não faltam exemplos de atividades socioculturais que mobilizam jovens e comunidades visando a inclusão com consciência cidadã. A Fundação Coral Canto das Artes, da professora Leniza Santos, é um exemplo. O CRIA, em Salvador, é outro grande exemplo. Durante uma das etapas do curso de gestão cultural que faço em Salvador, assisti a uma apresentação de teatro de jovens do CRIA. Escutá-los depois, mexeu comigo, me despertou, me encheu de esperança. Fiquei realmente impressionado com discursos de meninos e meninas, demonstrando segurança, conhecimento da realidade deles, e conscientes da participação de cada um na mudança da qualidade de vida individual e coletiva. Ferreira Gullar escreveu: “Poderia dizer (...) que a revolução caminha com pés de borracha nas grandes cidades (...) O poeta mente. E, mesmo impactado com a realidade, conclui: “(...) não digo que a vida é bela, tampouco me nego a ela - digo sim(...). Eu ouso dizer, inspirado nele, que a revolução social, especialmente, com jovens e crianças, pode estar começando com instituições como o CRIA, como o Coral Canto das Artes, em Itapetinga. Ações assim me fazem acreditar que é possível. Mesmo sabendo do caminho pedregoso e longo a percorrer - digo sim, é possível! Quiçá, a revolução não pode estar começando com pés de instituições socioculturais pelos cantos do país?
Uma política cultural consciente e consistente é o que precisamos. Todos ganham com isso. Cultura não pode ser vista como despesa. Cultura é investimento, especialmente humano!


*Representante Territorial de Cultura – Itapetinga
Superintendência de Cultura
Secretaria de Cultura da Bahia

terça-feira, 2 de março de 2010

E recomecemos...

“Re-comecemos”? Não!!! Comecemos...

Uma nova etapa... NOVA... diferente... com novos desafios... novas lutas... novas estratégias... novo ânimo... novas expectativas...

Os sonhos podem até continuar sendo aquele antigo... velho conhecido... mas que ele venha renovado...

Os colegas também podem ser os velhos companheiros... mas que as relações sejam renovadas... limpas de qualquer mágoa... e que o coração esteja aberto a novas amizades...

Os professores também podem ser os velhos conhecidos... mas que venham com nova disposição... novas ideias... novo entusiasmo...

A escola... se não é nova... que a olhemos com novos olhos... para que durante este ano possamos transformá-la e deixá-la nova... um novo espaço de RESPONSABILIDADE... um novo espaço de ALEGRIA... um novo espaço de SOLIDARIEDADE... um novo espaço de PAZ... um espaço NOVO... pois quem faz o lugar é quem ali vive...

Um bom novo ano letivo para todos nós!!!

Um cheiro...